terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sobre pesos e medidas: Sheherazade x Esquerda

Para proteger Rachel Sheherazade das críticas que se seguiram a seu comentário infeliz sobre o caso do rapaz que foi amarrado nu a um poste no Rio de Janeiro, muitos alegaram que ela jamais aplaudiu os “justiceiros”, mas apenas alegou que o crime era “compreensível” dado o estado caótico da segurança pública no Brasil. Tudo muito bem, tudo muito certo, mas estranho o fato de que os defensores da comentarista possam, em seguida, condenar a esquerda como “defensora de bandidos”, dada a semelhança gritante entre os dois discursos. Se Rachel não é defensora do
s “justiceiros” e apenas achou “compreensível” a atitude deles tentando compreender os motivos, o discurso da esquerda sobre a segurança pública também não pode ser classificado como “defesa de bandidos” apenas porque foca na compreensão dos motivos de criminosos, e não na condenação dos seus crimes.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A Lista de Schindler


O documento que lista os nomes de 801 judeus salvos pelo empresário alemão Oskar Schindler durante a Segunda Guerra Mundial. 

Apenas quatro das sete versões originais da lista estão preservadas – um dos assistentes do empresário fez cópias da lista dos prisioneiros solicitados para trabalhar em sua fábrica.

O Museu do Holocausto de Israel guarda duas versões, enquanto a uma está em posse do Museu do Holocausto dos EUA, em Washington. E, uma das versões da lista com os nomes de milhares de judeus poloneses salvos da máquina genocida nazista, foi leiloada em um site de compras pelo preço inicial de 3 milhões de dólares (aproximadamente 7 milhões de reais). 

domingo, 26 de janeiro de 2014

PSDB x PT: Zero a Zero na Melhoria Política do Brasil

Muita gente adora polarizar a política brasileira atual como uma perpétua disputa "PSDB X PT". Eu, sinceramente, não vejo como uma visão reducionista dessa possa contribuir pra mudança de nosso caótico cenário. Essa disputa ideológica acaba resultando na pior forma de análise possível, aquela que diz que 'o menos pior é o melhor'. Não precisamos disso. Precisamos de novas articulações políticas, de novas possibilidades. Mas como encontrar algo novo quando tudo o que importa é a disputa (quase futebolística) entre duas legendas fracassadas? Isso mesmo, pra mim PSDB e PT não passam de legendas que foram pesadas, medidas, analisadas e consideradas insuficientes. Os brilharecos que eventualmente um ou o outro partido teve não são suficientes para os credenciar como legítimos caminhos para o Brasil. Alguém pode dizer: "Mas não estão surgindo novos políticos e partidos mais interessantes." Pode até ser, mas alguém pode replicar: "Não estão surgindo, ou não estamos procurando?" 



quinta-feira, 18 de julho de 2013

Manifestação Política Pacífica: Isso Existe?!

Só gostaria de lembrar a todos (especialmente aos que sem propriedade alguma decidiram analisar as manifestações Brasil à fora) que política envolve, NECESSARIAMENTE, algum tipo e grau de violência. Nesse sentido, o termo "manifestação política pacífica" é, de certa forma, contraditório. Manifestação política não é pra ser bonitinha, é pra ser contundente, como qualquer outro ato político. A política, os atos políticos, à rigor, passam invariavelmente pelo exercício da força. Nessa linha, não espere atos políticos "bondosos", "100% pacíficos" e "bonitinhos". Talvez o mais importante nesse momento seja nos remetermos a Max Weber em seu texto "A Política Como Vocação". É necessário separamos a "ética cristã" (que em grande medida ocupa nosso imaginário e guia nossa visão de mundo) da "ética política" (que nos convida a uma realidade um tanto quanto mais áspera). Já nos alertava Weber no sentido de que "(...)Quem busca a salvação da alma, sua e dos outros, não deve buscá-la no caminho da política, pois esta, por vocação busca realizar tarefas muito diferentes que não podem ser concretizadas sem violência". Ou seja, a política de um ponto de vista ético leva sempre aos conflitos irreconciliáveis.

terça-feira, 9 de julho de 2013

As Manifestações no Brasil Influenciarão a Organização das Próximas Copas:

Penso que as manifestações que tomaram conta do Brasil conseguiram uma vitória também na organização das próximas Copas do Mundo. É sabido de todos que a FIFA detesta futebol e só se interessa única e exclusivamente em lucros estratosféricos. Tanto é assim, que a entidade tem migrado cada vez mais para países de 3º mundo exatamente por que estes se submetem a todas as exigências de Blatter e seus blue caps. Com todos os protestos Brasil à fora se evidenciando no plano internacional, a chance da relação entre FIFA e os próximos países-sede se dar de forma menos interesseira é, certamente, significativa.

Acabou a Copa das Confederação: E agora?

Terminou a Copa das Confederações, para alívio de muitos. Mas é preciso não deixar de lado três sérias questões não explicadas pelas autoridades até agora: 1) TRANSPARÊNCIA. Quanto de dinheiro público foi gasto em cada um dos estádios da Copa do Mundo ? Qual era o valor inicial e o valor efetivamente pago, e as razões do aumento de custos ? 2) PRIVATIZAÇÃO DOS ESTÁDIOS CONCLUÍDOS. Quais as razões para privatizar os estádios concluídos, especialmente aqueles pagos com dinheiro público ? Quanto vão pagar os consórcios privados para administrar os estádios e qual será o seu lucro que terão? 3) ELITIZAÇÃO DO ESPORTE MAIS POPULAR. Por que querem introduzir no futebol um modelo elitista que nunca existiu no Brasil tipo "O RICO assiste o futebol no estádio e o POVÃO fica em casa assistindo Galvão ?

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sucateado, Exército não teria como responder a guerra, dizem generais:


"O Exército, que possui o maior efetivo entre as três Forças (são 203,4 mil militares), está em situação de sucateamento. Segundo relato de generais, há munição disponível para cerca de uma hora de guerra. [...] O Exército usa o mesmo fuzil, o FAL, há mais de 45 anos. [..] Mais de 120 mil unidades teriam mais de 30 anos de uso
. Carros, barcos e helicópteros são escassos nas bases militares. O índice de obsolescência dos meios de comunicações ultrapassa 92% - sendo que mais de 87% dos equipamentos nem pode mais ser usado, segundo documento do Exército. [...] Dois generais da alta cúpula, que passaram para a reserva recentemente, afirmaram ao G1 que o Brasil não tem condições de reagir a uma guerra. 'Posso lhe afirmar que possuímos munição para menos de uma hora de combate', (general Maynard Marques de Santa Rosa, ex-secretário de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.)"